O Instituto Fazendo História tem visto aumentar anualmente o número de pessoas interessadas em se voluntariar no programa Fazendo Minha História, em São Paulo. Muito gratificante testemunhar esse movimento da sociedade civil, que está cada vez mais sensível ao contexto do acolhimento e ciente de que uma ação voluntária efetivamente transformadora exige presença contínua, afeto e disponibilidade de tempo. Com alegria e certos de que o Instituto contribui para mudar a cultura de voluntariado no Brasil, agradecemos imensamente a todos que procuram o FMH!
Gradualmente, vem sendo superada a ideia de que dar presentes no Natal ou ir a um abrigo fazer uma festa é suficiente para ajudar crianças e adolescentes acolhidos. Essa mudança – bonita e necessária – trouxe um novo desafio ao Instituto: atualmente temos, de um lado, uma grande lista de espera de interessados em participar da formação do FMH e, de outro, poucas vagas disponíveis para novos colaboradores.
Esse desequilíbrio resulta de alguns fatores que gostaríamos de esclarecer:
1. Nos últimos anos, a legislação que protege as crianças e adolescentes avançou e fortaleceu o direito à convivência familiar e comunitária. Meninos e meninas acolhidos, salvo algumas exceções, devem ter contato regular com sua comunidade de origem e com seus familiares, que em geral, por enfrentarem situações de extrema vulnerabilidade social e econômica, moram na periferia da cidade de São Paulo. Sendo assim, a maior parte dos serviços de acolhimento do município está localizada em regiões distantes do centro expandido para garantir que famílias, crianças e adolescentes convivam regularmente. Por outro lado, muitos interessados que procuram o FMH gostariam de atuar no Centro ou na Zona Oeste, locais com um número muito menor de serviços.
2. O colaborador do FMH trabalha com duas crianças ou adolescentes por no mínimo um ano e, de preferência, durante todo o período em que estiverem acolhidos – o que pode durar anos. Dessa forma, não há grande rotatividade de voluntários que permita o início imediato daqueles recém formados.
3. Embora São Paulo possua um número grande de crianças e adolescentes acolhidos, o FMH não possui parceria com todos os serviços de acolhimento da cidade. Colaboradores formados pelo Instituto são encaminhados somente para serviços com os quais temos parceria e que assumiram as responsabilidades que o programa precisa para acontecer da melhor forma possível.
São essas três razões que nos impossibilitam, muitas vezes, de chamar os interessados de nossa lista de espera para uma formação e, conseqüentemente, para participar do programa. O mesmo acontece para alguns já formados. Mas o Instituto Fazendo História acredita na potência do voluntariado engajado na causa do acolhimento. Por esse motivo continuará empenhando esforços e construindo estratégias criativas para acolher o interesse de todos aqueles que desejam iniciar uma atuação transformadora nessa área.
Abraços, equipe Fazendo Minha História
Obs: Caso você não consiga ser um voluntário em uma região periférica de São Paulo, você pode nos ajudar de outras formas: fazendo algum trabalho voluntário diretamente na nossa sede, apoiando em bazares, digitando nota fiscal paulista, trazendo seu know how e até mesmo sendo um Fazedor de História, ou seja, um doador que ajuda a ampliar ainda mais nossa atuação.
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