O Instituto Fazendo História em parceria com a Rede de Conhecimento Social registrou fotos e interações que refletem o olhar de crianças sobre a cidade e os espaços nos quais circulam.
Foram ouvidos meninos e meninas dos Serviços de Acolhimento Social de Crianças e Adolescentes (SAICAs), Centros de Educação Infantil (CEIs), Escolas de Educação Infantil (EEI) e Programa Curumim do SESC do Carmo.
O trabalho foi realizado durante a elaboração do Plano Municipal da Primeira Infância da cidade, realizado pela Prefeitura municipal em parceria com diversas instituições da sociedade civil que fazem parte da Rede Nossa São Paulo
O resultado desse trabalho está disponível AQUI e em breve será exposto na Mostra de Trabalhos e Iniciativas no IV Seminário Criança e Natureza "Um olhar para diversidade Social e Ambiental”, que será realizado nos dias 10 e 11 de junho de 2019, no Teatro Sesc Senac, no Rio de Janeiro
Metodologia para escutar as crianças
Sensibilização: Momento dedicado à interação das crianças e sensibilização ao tema foco do olhar. Depois as crianças foram incentivas a pensar sobre o que gostam e não gostam na cidade.
Expedição: momento em que as crianças foram a campo, seja dentro da própria instituição ou fora, fotografando o que gostam ou não. O papel do educador neste momento foi apenas acompanhar e refletir com elas, quando necessário, sem intervir.
Curadoria: momento em que as crianças, junto aos adultos, conversaram sobre o material produzido e selecionaram as fotografias que melhor traduziam suas visões. Foi uma oportunidade importante de diálogo e elaboração coletiva.
A exposição
As fotos foram gentilmente cedidas para compor esta exposição. São imagens que refletem o olhar das crianças participantes sobre a cidade e os espaços nos quais circulam.
Do olhar das crianças, chamou-nos a atenção um aspecto em especial: daquilo que elas gostavam, adivinhem quem ganhou maior destaque? A natureza!
Também chamaram a atenção das crianças as cores, a arte pela cidade, as plantas em canteiros, os pombos, os corrimãos, os artistas de rua, e as pequenas apropriações lúdicas.
Elas não gostaram da falta de manutenção dos espaços públicos, da falta de espaços para brincar, de praças e também do lixo e da falta de cuidado com a cidade.
A relação de apreço da criança com a cidade foi revelada pelos aspectos do BELO e do VIVO que compõem a paisagem de São Paulo. Não seriam estes bons indicativos sobre o que podemos compor pelos caminhos e espaços onde as crianças passam? Que tal escutarmos mais as crianças para pensarmos nossos bairros e cidades?