blog — Instituto Fazendo História

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Com apoio do Proac, o Fazendo Minha História chega em mais abrigos no município de São Paulo

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Com apoio do Proac, o Fazendo Minha História chega em mais abrigos no município de São Paulo

Acreditando no potencial e na transformação da literatura no contexto de acolhimento. É com muita alegria que divulgamos em primeira mão os 7 serviços de acolhimento selecionados para participar da nova edição do "Mar de Histórias" na cidade de São Paulo:


1. Casa Lar Estrela do Amanhã 1

2. SAICA Casa Girassol

3. Casa Lar Estrela do Amanhã 2

4. Projeto Amigo das Crianças (PAC 3)

5. SAICA Américo Ventura

6. SAICA Estrela do Bom Jesus

7. SAICA São Judas Tadeu

Construiremos juntos com cada um dos serviços de acolhimento parceiros uma biblioteca aconchegante para receber 200 livros infantojuvenis. O projeto ainda prevê encontros e eventos literários e todo suporte necessário para favorecer o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes acolhidos.

Parabéns aos selecionados, estamos muito felizes por fazer história com vocês! 


Equipe Fazendo Minha História.

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Apadrinhamento Afetivo - que história é essa?

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Apadrinhamento Afetivo - que história é essa?

O apadrinhamento afetivo é um programa que busca ampliar a rede afetiva de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, sobretudo aqueles que tenham poucas chances de retorno familiar ou de colocação em família substituta

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Oficina - O trabalho com histórias de vida

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Oficina - O trabalho com histórias de vida

No dia 21 de junho de 2021 foi realizada a oficina “O trabalho com histórias de vida”, que contou com a participação das profissionais Tatiana Barile, coordenadora do Programa de Formação do Instituto Fazendo História, e Daniela Martins, psicóloga e técnica no Programa de Formação do Instituto Fazendo História.

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Com apoio do Ministério da Cidadania, o 'Fazendo Minha História' chega em mais municípios da grande São Paulo

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Com apoio do Ministério da Cidadania, o 'Fazendo Minha História' chega em mais municípios da grande São Paulo

Seguimos acreditando na potência do trabalho com histórias de vida no contexto de acolhimento. E, com isso, foram selecionados 10 serviços de acolhimento para participar da nova edição do Fazendo Minha História na Grande São Paulo.

Construiremos juntos com cada um dos serviços de acolhimento parceiros uma biblioteca aconchegante para receber 300 livros infantojuvenis. O projeto ainda prevê encontros formativos, álbuns de registro e todo suporte necessário para favorecer o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes acolhidos.

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A importância do trabalho com histórias de vida junto às famílias

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A importância do trabalho com histórias de vida junto às famílias

O respeito à história e o direito à verdade são a base para o trabalho com as crianças e adolescentes que estão nos serviços de acolhimento. Tão ou mais importante do que matriculá-los na escola, na capoeira, levá-los ao médico ou para passear, é poder proporcionar conversas sobre por que estão acolhidos e qual a relação que poderão ter com sua família (ou substitutos) a partir do momento do acolhimento.

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A menina azeda

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A menina azeda

Ela se chama Leda, mas podia se chamar Francisca, Joana, Gabriela. Ou João, Pedro, Bruno. Porque, como poderia dizer a música da bailarina, de azedo todo mundo tem um pouco...

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Histórias são curativas

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Histórias são curativas

Uma das ferramentas mais importantes no programa Fazendo Minha História é o uso e apoio de livros para contar e construir histórias de crianças e adolescentes em acolhimento...

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O que alguém que foi adotado gostaria que você soubesse sobre adoção

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O que alguém que foi adotado gostaria que você soubesse sobre adoção

Das coisas que nunca esqueci como repórter foi uma entrevista num abrigo, em Brasília. A responsável me explicou que havia casos de crianças “devolvidas” depois de adotadas, porque simplesmente as famílias desistiam. Como assim? Uma criança não pode ser tratada como uma mercadoria “com defeito” que a loja aceita de volta!

Os motivos, segundo ela, eram do tipo: “eu descobri que estou grávida, por isso não quero mais” ou "eu não imaginei que ele me daria tanto trabalho”. Fiquei muito impressionada. Imagine a cabecinha de uma criança dessas? Ela me disse ainda que crianças assim voltam para o abrigo destroçadas. É preciso um longo caminho para que elas confiem em alguém novamente. Claro que esta não é uma situação comum, mas só de saber que existe…

Christina Romo foi adotada aos 2 anos de idade, mora nos Estados Unidos e trabalha numa organização de apoio à adoção. Com a autorização dela, eu traduzi um texto com dez dicas que ela tem pra dar a pais adotivos ou para quem mais se interessar pelo tema. Vale a pena conferir o que Christina diz:

1. Impossível ignorar que perder os pais de nascimento é traumático para uma criança. Esta perda será sempre uma parte de mim. Irá moldar quem eu sou e vai ter um efeito sobre meus relacionamentos - especialmente a minha relação com você.

2. O amor não é o suficiente para a adoção, mas certamente faz a diferença. Diga-me todos os dias que eu sou amada - especialmente nos dias em que eu não estou particularmente adorável.

3. Mostra-me - por meio de suas palavras e ações - que você está disposto a resistir a qualquer tempestade comigo. Eu tenho dificuldades em confiar nas pessoas por causa das perdas que experimentei na vida. Mostre-me que eu posso confiar em você. Mantenha sua palavra. Eu preciso saber que você é uma pessoa segura na minha vida, e que você vai estar lá quando eu precisar de você e quando eu não precisar de você.

4. Eu sempre acho que você vai me abandonar, não importa quantas vezes você me diga ou me mostre o contrário. A idéia de que "as pessoas que me amam vão me deixar" foi incutida em mim e será para sempre uma parte de mim. Eu posso querer te afastar de mim para me proteger da dor da perda. Não se importe com o que eu diga, eu preciso de você para me mostrar que você nunca vai desistir de mim.

5. Eu preciso de você para me ajudar a aprender sobre a cor da minha pele ou minha cultura de origem, porque é importante para mim. Eu não me pareço com você, mas eu preciso de você me dizendo - por meio de suas palavras e ações - que não há problema em ser diferente.

6. Eu preciso de você para ser o meu advogado. Haverá pessoas em nossa família, na escola, na vizinhança, na sala de espera da consulta pediátrica… que não entendem sobre adoção. Eu preciso que você explique a elas sobre isto.

7. Em algum momento posso perguntar ou desejar procurar minha família biológica. Você pode até me dizer que estas pessoas não importam, mas não ter esse tipo de conexão deixou um vazio na minha vida. Você sempre será a minha família. Se eu perguntar ou procurar pela minha família biológica, isso não significa que eu te ame menos. Viver sem o conhecimento da minha família biológica tem sido como trabalhar num quebra-cabeças com peças faltando e saber sobre ela pode me ajudar a me sentir mais completa.

8. Por favor, não espere que eu seja grata por ter sido adotada. Eu suportei uma tremenda perda antes de me tornar parte de sua família. Eu não quero o discurso "você me salvou e eu deveria ser grata" pairando sobre a minha cabeça. Adoção é algo sobre a formação de famílias para sempre e não sobre “caridade” para uma criança.

9. Não tenha medo de pedir ajuda. Posso precisar de ajuda para lidar com as perdas que experimentei e outras questões relacionadas com a adoção. Talvez você também precise e isso é completamente normal. Junte-se a grupos de apoio para famílias adotivas, por exemplo. Isso pode exigir que você saia de sua zona de conforto, mas vai valer a pena.

10. A adoção é diferente para todos. Por favor, não me compare com outros adotados. Apenas veja a experiência dos outros para que isso lhe ajude a encontrar a melhor maneira de me entender. Respeite-me como um indivíduo. Nossa jornada nunca vai acabar; não importa o quão instável a estrada possa ser, e independentemente de onde ela pode levar, o fato de estarmos juntos nesta mesma estrada vai fazer toda a diferença.

Se por acaso você quiser saber mais sobre os meios legais para se adotar uma criança no Brasil, visite a página do Cadastro Nacional de Adoção.

Fabiana Santos é jornalista e mora em Washington-DC. Ela é mãe de Felipe, de 10 anos, e Alice, de 4 anos. Este texto é, de alguma forma, uma homenagem a dois amigos dela, que geraram filhos do coração.

Texto extraído do blog Tudo Sobre Minha Mãe

 

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